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Isso que você sente… não é só ‘coisa da sua cabeça’

  • Giovanna Riça
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura

Quantas vezes você já se pegou pensando: “Por que eu ajo assim? Por que repito padrões? Por que é tão difícil mudar?”

Se essas perguntas já passaram pela sua cabeça, saiba que você não está só. Muita gente vive esse mesmo movimento: tentar entender a si mesmo, sentir culpa por reações que parecem “exageradas” ou por atitudes difíceis de controlar.

Mas o que talvez você ainda não tenha ouvido é que existe uma explicação sensível e profunda para tudo isso — e ela não vem de julgamentos, e sim de uma forma de olhar para a vida humana com clareza e acolhimento: a Análise do Comportamento.

Hoje quero te apresentar uma ideia que pode te ajudar a se enxergar com mais gentileza: os três níveis de influência sobre o que a gente sente e faz.



Você é resultado de três histórias

Segundo o psicólogo B. F. Skinner, um dos principais nomes da Psicoterapia Analítico-Comportamental, tudo aquilo que sentimos, pensamos e fazemos é influenciado por três histórias diferentes — que atuam ao mesmo tempo. São elas:

1. A história da sua espécie

Essa é a parte que vem com você desde o nascimento. São tendências que herdamos como seres humanos, e que ajudaram — e ainda ajudam — a garantir nossa sobrevivência. Exemplos disso são o medo do escuro, o impulso de buscar proteção, ou o choro quando sentimos dor. Essas reações aparecem mesmo sem a gente aprender conscientemente. Estão no corpo, no instinto, na herança da vida.

2. A sua história de vida

Aqui entram todas as experiências que você teve desde pequeno. A forma como foi cuidado, os aprendizados com a convivência, os gestos que acabaram sendo incentivados ou desestimulados pelas pessoas ao seu redor. Por exemplo: se, quando criança, você chorava e era acolhido, pode ter aprendido que o choro aproxima. Se era ignorado, talvez tenha aprendido a guardar tudo pra si, mesmo quando algo doía. São formas que você encontrou para se adaptar, se proteger, seguir em frente.

3. O agora: o ambiente em que você vive

O que acontece ao seu redor hoje também influencia seu jeito de agir. As relações atuais, os lugares que você frequenta, as reações que o mundo tem diante de você. Talvez você evite dizer o que pensa porque, no trabalho ou em casa, isso costuma gerar conflitos. Ou talvez repita atitudes que trazem alívio imediato — mesmo que a longo prazo te afastem do que realmente importa. São maneiras de lidar com o que está acontecendo agora, com os desafios presentes.



Seu jeito de agir não é aleatório. Ele tem função, tem história, tem contexto.

Esses três níveis de influência mostram que nossos comportamentos, escolhas e reações não surgem do nada. Eles fazem sentido, ainda que esse sentido nem sempre seja claro à primeira vista. E o mais importante: tudo isso pode ser compreendido — e, com o tempo, pode se transformar.

Quando a gente começa a se olhar com menos julgamento e mais curiosidade, com atenção clínica e escuta verdadeira, algo dentro da gente começa a se reorganizar. Aquilo que parecia um defeito pode ser reconhecido como uma tentativa de lidar com a dor. Um padrão repetido pode ser visto como o melhor caminho que você encontrou até aqui. E a mudança deixa de parecer impossível — porque agora faz sentido pensar por onde começar.



A terapia é o lugar onde essas histórias ganham voz

Na Análise do Comportamento, não trabalhamos com rótulos prontos. A escuta é individual, cuidadosa, atenta. Não se trata de “consertar” algo em você, mas de compreender mais profundamente quem você é, o que tem vivido, e o que pode surgir a partir disso.

Se você sente que tem vivido no automático, repete atitudes que te machucam, ou se apenas deseja se conhecer melhor — saiba que existe um caminho possível. Um caminho que respeita sua história, seu ritmo e suas escolhas.

A terapia pode ser esse espaço seguro e construtivo. E, se fizer sentido pra você, meus atendimentos estão abertos — com acolhimento, seriedade e profundidade.



Referências que embasam este conteúdo:

  • Skinner, B. F. (1981). Selection by consequences. Science, 213(4507), 501–504.

  • Baum, W. M. (2005). Understanding Behaviorism: Behavior, Culture, and Evolution.

  • Glenn, S. S. (1988). Contingencies and Metacontingencies.

  • Sidman, M. (1989). Coercion and Its Fallout.

  • Catania, A. C. (1998). Learning (4th ed.).


 
 
 

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