top of page
FAIXA.png

Isso que você sente não é só ‘coisa da sua cabeça’: entenda seu comportamento e emoções

  • Foto do escritor: Giovanna Riça
    Giovanna Riça
  • 21 de mai.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de jul.

Ilustração de uma flor que tem escrito ao redor a seguinte frase: 'não foi tarde, foi no tempo em que seu contexto permitiu florescer'.

Quantas vezes você já se pegou pensando: 

Por que eu ajo assim? Por que repito padrões? Por que é tão difícil mudar?

Se essas perguntas já passaram pela sua cabeça, saiba que você não está só. Muita gente vive esse mesmo movimento: tentar entender a si mesmo, sentir culpa por reações que parecem “exageradas” ou por atitudes difíceis de controlar.


Mas o que talvez você ainda não tenha ouvido é que existe uma explicação sensível e profunda para tudo isso — e ela não vem de julgamentos, e sim de uma forma de olhar para a vida humana com clareza e acolhimento: a Análise do Comportamento. Hoje quero te apresentar uma ideia que pode te ajudar a se enxergar com mais gentileza: os três níveis de influência sobre o que a gente sente e faz.


Você é resultado de três histórias

Segundo o psicólogo B. F. Skinner, um dos principais nomes da Psicoterapia Analítico-Comportamental, tudo aquilo que sentimos, pensamos e fazemos é influenciado por três histórias diferentes — que atuam ao mesmo tempo. São elas:


1. A história da sua espécie

Essa é a parte que vem com você desde o nascimento. São tendências que herdamos como seres humanos, e que ajudaram — e ainda ajudam — a garantir nossa sobrevivência. Exemplos disso são o medo do escuro, o impulso de buscar proteção, ou o choro quando sentimos dor. Essas reações aparecem mesmo sem a gente aprender conscientemente. Estão no corpo, no instinto, na herança da vida.


2. A sua história de vida

Aqui entram todas as experiências que você teve desde pequeno. A forma como foi cuidado, os aprendizados com a convivência, os gestos que acabaram sendo incentivados ou desestimulados pelas pessoas ao seu redor. Por exemplo: se, quando criança, você chorava e era acolhido, pode ter aprendido que o choro aproxima. Se era ignorado, talvez tenha aprendido a guardar tudo pra si, mesmo quando algo doía. São formas que você encontrou para se adaptar, se proteger, seguir em frente.


3. O agora: o ambiente em que você vive

O que acontece ao seu redor hoje também influencia seu jeito de agir. As relações atuais, os lugares que você frequenta, as reações que o mundo tem diante de você. Talvez você evite dizer o que pensa porque, no trabalho ou em casa, isso costuma gerar conflitos. Ou talvez repita atitudes que trazem alívio imediato — mesmo que a longo prazo te afastem do que realmente importa. São maneiras de lidar com o que está acontecendo agora, com os desafios presentes.


Seu jeito de agir não é aleatório. Ele tem função, tem história, tem contexto.

Esses três níveis de influência mostram que nossos comportamentos, escolhas e reações não surgem do nada. Eles fazem sentido, ainda que esse sentido nem sempre seja claro à primeira vista. E o mais importante: tudo isso pode ser compreendido — e, com o tempo, pode se transformar.


Quando a gente começa a se olhar com menos julgamento e mais curiosidade, com atenção clínica e escuta verdadeira, algo dentro da gente começa a se reorganizar. Aquilo que parecia um defeito pode ser reconhecido como uma tentativa de lidar com a dor. Um padrão repetido pode ser visto como o melhor caminho que você encontrou até aqui. E a mudança deixa de parecer impossível — porque agora faz sentido pensar por onde começar.


A terapia é o lugar onde essas histórias ganham voz

Na Análise do Comportamento, não trabalhamos com rótulos prontos. A escuta é individual, cuidadosa, atenta. Não se trata de “consertar” algo em você, mas de compreender mais profundamente quem você é, o que tem vivido, e o que pode surgir a partir disso.


Se você sente que tem vivido no automático, repete atitudes que te machucam, ou se apenas deseja se conhecer melhor — saiba que existe um caminho possível. Um caminho que respeita sua história, seu ritmo e suas escolhas.


A terapia pode ser esse espaço seguro e construtivo. E, se fizer sentido pra você, meus atendimentos estão abertos — com acolhimento, seriedade e profundidade.



Referências que embasam este conteúdo:

Skinner, B. F. (1981). Selection by consequences. Science, 213(4507), 501–504.

Baum, W. M. (2005). Understanding Behaviorism: Behavior, Culture, and Evolution.

Glenn, S. S. (1988). Contingencies and Metacontingencies.

Sidman, M. (1989). Coercion and Its Fallout.

Catania, A. C. (1998). Learning (4th ed.).


FAIXA.png
Logo da psicóloga Giovanna Riça com seu nome completo e número do CRP.

Informações para contato:

Giovanna Riça - CRP 06/220183

          +55 (11) 98931-9813

          psi.giovannarica@gmail.com

          Rua Itacolomi, 333 - Higienópolis, São Paulo ​​

Redes Sociais

  • LinkedIn
  • Instagram
  • TikTok

© Copyright 2025 | All rights reserved for Giovanna Riça

bottom of page